Gin Ria
Projeto iniciado em 2012, patenteado em 2017, cria um gin que tenta interpretar os sabores e aromas da região e da Ria de Aveiro.
A destilação é feita muito lentamente como antigamente, mas com padrões de qualidade da atualidade. Toda a destilação é realizada em equipamentos de cobre feitos manualmente por artesãos, utilizando técnicas ancestrais.
As ervas aromáticas são rigorosamente selecionadas à mão e têm origem na região, com a exeção do zimbro que provém da Serra da Estrela.
Existe desde o inicio, especial atenção para a qualidade dos produtos satélites ao gin como bebida, desde a utilização de uma garrafa em vidro de primeira categoria, impressa, que pesa um quilograma, pensada para ser reutilizada, a rolha cristal ghost translucida, com redução de caudal de saída do liquido, até aos ínfimos pormenores como as caixas em cartão reciclado, pintadas a uma só cor com tinta à base de água, até ao cumprimento das regras ambientais, a redução da pegada ecológica e a colocação dos símbolos de proibição no rótulo.
ADN
A família GIN RIA pretende ser constituída pelo Brisa, Baga, Sal, Nortada…
Destilador
A herança da tradição agrícola da Casa do Agro e do já na época, empreendedorismo dos seus donos no fabrico da sidra, vinhos e aguardentes envelhecidas em cascos de carvalho francês, nasce uma parte da motivação para este Gin Ria.
A outra parte, como o próprio nome indica, vem quer das ligações de outrora quer de um passado próximo muito vivenciado por uma infância feliz, a usufruir dos mais belos momentos e prazeres que a Ria de Aveiro nos oferece neste presente, que agora a Casa do Agro pretende eternizar no futuro, através da destilação de um Gin que se pretende cúmplice nas recordações de quem viveu a Ria, mágico para quem a conhece agora, pelos sabores que se lhe apresentam e promessa para quem acredita, que pode ser no futuro o espelho do passado, ou seja, nova memória dos tempos.
Apaixonado por gin, autodidata, estudioso, alquimista e experimentalista, foi desenvolvendo nos últimos sete anos, misturas de sabores e aromas, que lhe permitiram chegar a resultados aprimorados, que têm recebido as melhores críticas.
História
“A Casa do Agro foi mandada edificar na segunda metade do século XVII, por Marcos da Silva Agro e sua mulher Maria Domingues. Situava-se voltada para a Estrada Real Aveiro-Viseu (actual Rua Eng.º Duarte Pacheco), com acesso pela viela do Agro (actual Rua do Agro) e a partir de 1910, junto à linha férrea do Vale do Vouga.
Ao longo de mais de 350 anos, esta casa manteve-se sempre nos descendentes da mesma família e foi marcante para a vida do concelho de Albergaria-a-Velha, não apenas pelos cargos desempenhados por alguns dos seus membros e pelos inestimáveis serviços prestados à comunidade, mas também porque aqui decorreram alguns acontecimentos relevantes, entre outros, episódios das guerras liberais em 1828, a promessa de edificar uma ermida, com a invocação de Nossa Senhora do Socorro em 1855 e do Ultimato Inglês a Portugal em 1890.
A “Casa do Agro” acabaria demolida em Novembro de 1990 por ordem da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha, para abertura da Rua do Agro que à época era uma viela. Era então a casa mais antiga de Albergaria-a-Velha.
Entretanto, na segunda metade da década de 80, foi construída uma “nova” Casa do Agro, mantendo-se, no entanto, os antigos edifícios de apoio: adega, 2 lagares, cabanal, casa da eira e arrumos, que hoje se encontram restaurados quase na sua totalidade.
Casa e quinta foram passando de geração em geração ao longo de mais de três séculos e meio.” – Delfim Bismarck, Historiador
A Casa do Agro fazia parte de uma quinta agrícola secular, onde pelo menos desde 1871, já produzia Sidra, vinho e aguardentes envelhecidas. Nesse espaço agora recuperado, existe uma destilaria tradicional em cobre, onde permanece o alambique (alquitarra) da Casa do Agro, do século passado.